sexta-feira, 1 de maio de 2020

Peça do Mês Maio


Bouquet de Chèvrefeuille (Fleurs des Champs)
Aguarela sobre papel e cartão
Madelaine Lemaire
Séc. XIX
99cm X 115,5 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.862


A peça do mês de Maio é uma aguarela francesa, que representa flores do campo, da autoria de Madelaine Lemaire. A artista de nacionalidade francesa, nasceu em 1845, na região dos Alpes. A pintora é influenciada pelo tempo em que viveu e torna-se especialista em representações florais, ao ponto de Robert de Montesquiou lhe chamar Imperatriz das rosas.
A artista Madelaine Lenaire era formada em pintura, especializando-se em cenas mundanas, naturezas mortas e arranjos florais. Alexandre Dumas, que foi seu amante, refere-se a ela dizendo: que quem criou mais rosas depois de Deus.
Começa a pintar em 1864, com dezoito anos de idade, e exibiu as suas obras em vários salões ao longo da sua carreira, sendo premiada nos anos de 1877 e 1900, destaca-se também como ilustradora de livros, pintora de leques e professora, tendo como principal discípula Marie Laurencin.
De destacar é o facto de ter feito parte da delegação de mulheres artistas francesas apresentadas na Exposição Universal de 1893, em Chicago, onde realizou o poster oficial e a capa do Catálogo da Exposição, tornando-se um marco importante da sua carreira.
Eram várias as celebridades de todas as esferas da vida social parisiense que frequentavam a sua casa em Paris, na Rua de Monceau Nº 31, o seu Salão era conhecido pela ostentação que incutia nas suas festas e bailes.
As suas obras podem ser apreciadas principalmente na França: nos Museus de Dieppe, Mulhouse, Toulouse e Paris (Museu do Louvre). A artista faleceu no dia 8 de Abril de 1928.
A obra da sua autoria existente na Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça é uma aguarela representando um cesto de verga que contém um maravilhoso bouquet composto por mafressilvas cor de rosa e outras flores em tons de lilás e amarelo com uma bela folhagem verdejante. 
Emoldurada numa grande moldura dourada em madeira e gesso trabalhado, por ornatos formados por volutas e folhas de acanto num friso semi-circular, a moldura tem vidro  
A obra foi adquirida por José Relvas no dia 19 de Julho de 1900, em Paris na Boussod, Valadon & C.ie, custando 1.000 francos.

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