terça-feira, 9 de junho de 2020

Dia 09 de Junho - Dia Internacional dos Arquivos.





















ARQUIVO HISTÓRICO DA CASA DOS PATUDOS

O Dia Internacional dos Arquivos tem como objectivo promover e divulgar a importância dos arquivos em todo o mundo.

Do Arquivo Histórico da Casa dos Patudos fazem parte um acervo fotográfico, bibliográfico e documental, este último ilustrando as diversas facetas do político, agricultor, coleccionador de arte e músico.

Este acervo documental revela a existência de importantes núcleos documentais relativos às actividades pessoais, políticas e empresariais de José Relvas e de alguns familiares e permitiu a visão geral de um conjunto documental que se revelou mais complexo e rico do que inicialmente se pensava. Constatou-se que a Casa dos Patudos conserva um Centro de Documentação, que integra um arquivo documental produzido por quatro gerações da família Relvas.



Créditos Fotográficos - Ana Bento.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

ALTERAÇÃO DO HORÁRIO DA CASA DOS PATUDOS - MUSEU DE ALPIARÇA.

A Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça reabriu ao público ontem dia 02 de Junho, com algumas mudanças e respeitando sempre as recomendações de segurança.
Cumprindo as normas e deliberações do Município e da Direcção Geral de Saúde, chamamos a atenção para o uso cívico e obrigatório da máscara, do distanciamento social, da desinfecção das mãos e da etiqueta respiratória.
Regressamos a pensar na segurança de todos no combate à pandemia da COVID-19.

A Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça passará a funcionar com o seguinte horário:

- de Terça-Feira a Domingo, entre as 10h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30

Agradecemos a melhor compreensão.
Regressamos a pensar na segurança de todos.
Seja sempre bem-vindo à Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Peça do Mês - Junho





O Campino
Estatueta em bronze (fabrico francês – fundido por C. Valsuani)
João da Silva
1923
55 cm X 53 cm
CP – MA Inv. Nº 85.105



Neste mês de Junho apresentamos uma das obras preferidas do proprietário da Casa dos Patudos, o campino, da autoria de João da Silva. José Relvas coloco-o na sua mesa de trabalho, na Biblioteca e curiosamente aparece também no seu Retrato Póstumo, pintado por José Malhoa e adquirido por Eugénia da Silva Mendes, em 1930.
João da Silva interessava-se pelas imagens de campinos, desde os inícios do Século XX, dedicou-lhe um conjunto bastante significativo de trabalhos.
Trata-se da figuração de um velho campino como indicam as suíças, que do alto do seu cavalo e com o pampilho chama o gado. Foi executado a partir de um original realizado diretamente em cera, cujo estudo foi feito em Pancas, Samora Correia (Benavente), em 1923, nas propriedades de José Palha Blanco.
O campino em bronze, apresenta-se com o traje típico do Ribatejo, não faltam os adereços como a manta lobeira, a pele de borrego e o capote cujas texturas contrastam de forma harmoniosa com a pelagem lisa e as crinas do cavalo.
O cavalo selado, apresenta um ar cansado. O grupo foi definido de forma a que, numa perfeita integração do homem e do cavalo, aquele ganhe proeminência, ficando este curvado para o enfatizar.
A obra foi realizada na Fundição de Claude Valsuani e foi o próprio escultor que escolheu o plinto rectangular cinzento (em mármore) para o colocar.
João da Silva nasceu em Lisboa, em 1880, dezanove anos depois parte para Paris, onde faz com distinção o Curso de Belas-Artes, sobre a orientação de Chaplin e aí participa com duas obras na Exposição Universal de 1900.
Em 1901 parte para Genebra (Suíça) para a École Supérieur des Beaux -Arts onde obtém o título de ourives gravador.
Regressado a Portugal participa na Exposição Nacional de Belas-Artes, em 1905 onde conseguiu a terceira medalha. Participa em vários certames até 1957, ganhando vários prémios.
Fez alguns monumentos públicos, e em 1911 torna-se professor da Escola Marquês de Pombal, contudo três anos depois está ligado só à atividade artística, sendo considerado um escultor e medalhista de nível internacional.
Em 1949 é agraciado pelo Secretaria Nacional de Informação, com o Prémio Soares dos Reis, mas não aceitou recebê-lo.
O artista faleceu em Lisboa, em 1960 na casa onde sempre viveu, na Rua Tenente Raul Cascais Nº 11.
A obra de arte apresentada, esteve exposta na 23ª Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1926.
Numa carta de 12 de Junho desse ano, José Relvas manifesta interesse em adquiri-la e no dia 26 do mesmo mês, é entregue em Paris ao escultor, por D. Mary Joly, um cheque de 9.000 francos para o seu pagamento.