quarta-feira, 24 de março de 2021

Serviço Educativo da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça - "Casa dos Patudos - Um olhar inocente"

Em preparação para fazer chegar a arte às crianças.
A pandemia veio esvaziar os museus, deixando a arte e a cultura em segundo plano.
Mas a verdade é que a arte é essencial na vida das crianças e de todos os públicos geral.
Elas precisam de ver, sentir, cheirar e falar de arte para desenvolver o seu sentido crítico, a sua sensibilidade estética, capacidades cognitivas e intelectuais entre outras áreas importantes no desenvolvimento.
Desta forma, o Serviço Educativo da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, vai levar a arte às crianças do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas José Relvas, de Alpiarça.
Daqui vai surgir algo surpreendente.
Aguardem os resultados!




segunda-feira, 8 de março de 2021

8 de Março - Dia Internacional da Mulher

Neste Dia Internacional da Mulher damos a conhecer mais uma peça da nossa colecção - A Minhota, do grande mestre do Naturalismo, Silva Porto.Comemorado no dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher é uma data muito relevante do calendário mundial.

É um momento de reflexão sobre as conquistas e lutas das mulheres ao longo dos tempos.
Faz hoje cento e onze anos, em 1910, numa Conferência Internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido fazer do dia 8 de Março o Dia Internacional da Mulher. Este surge para homenagear as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque que, neste dia, do ano de 1857, entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em Alpiarça também foram muitas as mulheres que com a força da sua luta escreveram as linhas da nossa História. Mulheres que lutaram e lutam p
or futuro mais digno e mais fraterno.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Visita Comentada pelo Dr. Nuno Prates - Conservador da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça

5 de Março de 2021.
No dia do seu 163º Aniversário do Nascimento, venha conhecer mais um pouco da vida de José de Mascarenhas Relvas.
Visita Comentada pelo Dr. Nuno Prates - Conservador da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça.

https://www.facebook.com/318070581554575/videos/792757311321227

5 de Março de 2021 - 163º Aniversário do Nascimento de José Relvas.

José de Mascarenhas Relvas nasceu na Golegã, no dia 05 de Março de 1858 e faleceu em Alpiarça, em 31 de Outubro de 1929.

Viveu na Quinta dos Patudos desde os finais do século XIX até à sua morte. Político, diplomata, estadista, agricultor, colecionador, amante da arte, músico amador e sobretudo um homem de gosto apurado e eclético.



segunda-feira, 1 de março de 2021

Peça do Mês - Março

Caim
Escultra de Bonze (FundiçãoThiébaut Frères – Fondeurs - Paris)
Teixeira Lopes
1899
99 cm X 58 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.1
A peça divulgada neste mês de Março é uma escultura em bronze, intitulada Caim, da autoria de Teixeira Lopes (1866-1942). A obra de arte ao tempo em que o Sr. José Relvas (1858-1929) viveu na Casa dos Patudos encontrava-se exposta na Biblioteca. Quando a casa abriu ao público, em 15 de Maio de 1960, a obra de arte foi colocada no jardim exterior. Ultimamente esteve em reserva, mas voltou para a exposição permanente, encontrando-se exposta no Vestíbulo Final.
O escultor António Teixeira Lopes, nasceu em Vila Nova de Gaia, em 24 de Outubro de 1866, filho do também escultor José Joaquim Teixeira Lopes e de Raquel Pereira de Meireles. Inicia a aprendizagem de escultura na oficina do seu pai, em 1881 e no ano seguinte ingressou na Academia Portuense de Belas-Artes, onde foi aluno de Soares dos Reis e Marques de Oliveira. No ano de 1885 (quando frequentava o terceiro ano do curso) muda-se para Paris para completar os seus estudos, é aluno na École des Beaux-Arts, onde teve como orientadores Gauthier e Berthet, obtendo vários prémios. Nos anos seguintes continuou a apresentar trabalhos em exposições (em Portugal e França). No ano de 1895, com projecto do seu irmão, o arquitecto José Teixeira Lopes construiu o seu atelier na Rua do Marquês de Sá da Bandeira, em Vila Nova de Gaia, onde hoje se situa a Casa-Museu Teixeira Lopes e onde se preserva uma parte significativa da sua obra.
Era Maçon, tendo sido iniciado em 1898, na Loja Ave Labor, do Grande Oriente Lusitano Unido, usando o nome simbólico de Rude.
Em 1900 participou na Exposição Universal de Paris, tendo obtido um Grand Prix e a condecoração de Cavaleiro da Legião de Honra. Esse sucesso consolidou a sua posição e, em 1901, assumiu o lugar de professor de escultura da Academia Portuense de Belas-Artes, que manteve até 1936 (ano da sua jubilação). Teixeira Lopes é autor de um conjunto importante de esculturas que se encontram em Portugal e no Brasil, das quais se destacam as portas de bronze da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. Ao longo da sua carreira artística recebe vários prémios e condecorações. Vem a falecer com 75 anos de idade, em São Mamede de Ribatua (Alijó).
Esta escultura em bronze retrata a infância de Caim, a figura de um rapaz nu, sentado numa rocha, pensativo e numa expressão de angustia. Está bem definida uma fisionomia infantil e de expressão perturbada que evoca o infortúnio. Além da uma carga emotiva, a obra define solidez de técnica.
O jovem Caim apresenta as pernas juntas e flectidas à esquerda e a cabeça, ligeiramente inclinada, apoia-se no seu braço esquerdo; o braço direito encontra-se esticado e apoia-se na rocha. O cabelo desalinhado, o olhar desviado para a esquerda do observador e a boca entreaberta (deixando observar os dentes).
Na base rectangular, desenvolve-se um baixo relevo onde se pode ver uma figura humana deitada e outra de pé que se afasta, representa a história de Caim e Abel, narrada no Livro do Gênesis, em que Caim mata o seu irmão Abel.
Esta escultura em bronze é uma réplica da peça em mármore que se encontra no Museu Soares dos Reis, no Porto, e foi adquirida ao artista por José Relvas no ano de 1899, pagando-lhe quatro mil reis.