sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
BOAS FESTAS - REDE DE MUSEUS DA LEZÍRIA DO TEJO
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
BOAS FESTAS - Município de Alpiarça e Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça
Aproximando-se o período de festas de final do ano, o Município de Alpiarça e a Equipa da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça deseja FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!
Agradecemos a todos aqueles que, ao longo deste ano, nos visitaram ou participaram nas nossas iniciativas ou mesmo à distância, nos foram acompanhando e, assim, divulgando a Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça.
Muito Obrigado.
Continuamos à vossa espera em 2023!
Informamos que a Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça se encontrará encerrada nos dias 23, 24, 25, 29, 30 e 31 de dezembro e no ainda no dia 1 de janeiro.
Desejamos a todos Boas Festas 😀
quinta-feira, 1 de dezembro de 2022
Peça do mês - dezembro
Madona de Nuremberga (Réplica)
Faiança vidrada
Rafael Bordalo Pinheiro
1893
49 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.717
Em dezembro apresentamos a obra Madona de Nuremberga, réplica de uma escultura alemã do século XVI, da autoria do grande mestre Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), notável obreiro da louça artística da Fábrica das Caldas da Rainha, que se encontra na Sala das Aguarelas.
Esta escultura apresenta-se em cerâmica opaca mais ou menos porosa, vidrada, tendo sido produzida em 1893 e cozida na fornada em que entrou a célebre Talha Manuelina, adquirida pelo rei D. Carlos (1863-1908). Na base observa-se a inscrição Fornada da Talha Manuelina, setembro, 1893.
A Madona de Nuremberga (a escultura original, de autor desconhecido) foi feita no século XVI (cerca de 1510), para a Igreja Dominicana de Nuremberga, tendo sido doada, em 1880, ao Germanisches Museum (Museu Nacional da Alemanha), onde se encontra até hoje. A partir do século XIX a imagem foi amplamente divulgada em réplicas, moldes e impressões (como se verifica com esta peça).
Representando a Virgem Maria, a Madona de Nuremberga é retratada de forma cativante, postura elegantemente curvada com o seu ar jovem, com as mãos apertadas à frente do peito e a cabeça encontra-se ligeiramente inclinada para o lado esquerdo. A estatueta de faiança branca das Caldas da Rainha é representada com túnica cintada até aos pés, manto pelas costas preso a meio do peito e véu na cabeça. As suas roupagens formam um pregueado em volta do pescoço.
Rafael Bordalo Pinheiro destacou-se em várias atividades, nomeadamente como ceramista, desenhador, aguarelista, caricaturista ilustrador e decorador, que fizeram dele uma figura marcante do panorama artístico português do final do século XIX e início de século seguinte.
terça-feira, 1 de novembro de 2022
Peça do mês - novembro
Entrada de Aldeia
Óleo sobre madeira
Silva Porto
1888
54 cm X 42,5 cm
Inv. Nº 84.720
No mês de novembro apresentamos a obra Entrada de Aldeia. Esta representa o Casal do Falcão, em Carnide, Lisboa. Esta pintura da autoria de Silva Porto encontra-se na sala com o nome do artista.
Na Casa dos Patudos existe uma coleção de trinta e três obras de Silva Porto, que retratam várias paisagens de um Portugal dos finais do século XIX. De cariz naturalista, a obra representa uma paisagem com arvoredo, onde podemos ainda observar um pequeno casal nos arredores de Lisboa, ao fundo uma casa no final de uma estrada. A moldura em madeira e gesso dourado contém vários frisos de trabalho muito simples.
Em primeiro plano, a estrada na qual passa um homem de calça azul, camisa branca e sobre o ombro esquerdo um casaco preto, no direito uma vara. Tem na cabeça um barrete azul e vermelho.
O pintor António Carvalho da Silva nasceu na segunda metade do século XIX (1850), no Porto, adotou essa cidade no seu apelido. Foi um dos fundadores do Grupo do Leão. Estudou na Academia Real de Belas – Artes no Porto, entre 1865 e 1873. Foi bolseiro em Paris, na École des Beaux – Arts, estudando com artistas como: Daubigny, Yvon, Cabanel, Beauverie e Groseillez. Regressou a Portugal, com 29 anos de idade, e vai lecionar a cadeira de Pintura de Paisagem na Academia de Belas-Artes de Lisboa. A Natureza foi uma das suas maiores fonte de inspiração, existindo vários obras de paisagens. Faleceu aos 42 anos, em Lisboa.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO - O RELÓGIO DO PAI, DA AUTORIA DE FERNANDO FERREIRA
Apresentação do Livro "O Relógio do Pai", da autoria de Fernando Ferreira, dia 05 de novembro, no Polo Enoturístico da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça.
Exposição das obras que ilustram o livro, da autoria de António Maria.
Participação especial da Banda "Os Charruas".
sábado, 1 de outubro de 2022
Peça do mês - outubro
Chapéu Alto (Cartola ) de José Relvas
feltro, cartão e pele
João Alves da Costa (Chapelaria da Moda, Lisboa)
Século XX
15 cm X 19 cm X 14,5 cm
CP – MA
Inv. Nº 8566.125
No mês de outubro, em que homenageamos José Relvas, no 93.º aniversário da sua morte, apresentamos um dos acessórios que utilizava quando ia a Lisboa, ao Ministério das Finanças, a sua cartola.
O chapéu alto, ou cartola é em pele preta forrado a feltro e pele. Por dentro lê-se a marca da casa Chapelaria da Moda, João Alves da Costa, 32, Rua Garrett, 34 Lisboa. Envolve a base do chapéu de forma cilíndrica uma fita de feltro também preta. As abas do chapéu são debruadas a gorgorão preto.
O Chapéu Alto, também conhecido como Cartola, foi acessório de moda masculino, utilizado entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX.
Em plena era industrial, este tipo de chapéu, adquiriu uma forma geométrica com copa alta ou média e cilíndrica-ovalada. Era feita de cartão revestido de pele com aspeto aveludado e abas curtas viradas nas extremidades laterais.
No final do século XIX, em Portugal, nas classes mais abastadas, o chapéu de coco estava na moda e o chapéu alto ficou reservado para situações de aparato. Todavia, alguns tipos de cartolas adequavam-se a qualquer hora do dia. O chapéu alto tornou-se um distintivo de ocasiões especiais ou uma marca de grandes personalidades.
O comércio desses acessórios era feito na cidade em algumas casas que duraram décadas, como é o caso da Chapelaria da Moda, em Lisboa.
Destaca-se que este chapéu poderia ter, ainda, uma grande simbologia no quotidiano, como, por exemplo, o toque no chapéu em sinal de cumprimento, o retirar do chapéu quando se entrava numa casa e especialmente numa igreja ou o atirar o chapéu ao ar como manifestação de alegria.
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
Peça do mês - setembro
Relógio Francês – Estilo Império
bronze dourado, ferro, madeira (pau-santo e pau-rosa) e vidro
Século XIX
56,7 cm X 41,5 cm X 22,1
CP – MA
Inv. Nº 85.496/85.497
No mês de setembro apresentamos uma obra, no âmbito das artes decorativas, um dos muitos relógicos da Casa dos Patudos.
Este é um relógio de bronze dourado e ferro, de Estilo Império. Dividido em dois registos, o primeiro, em baixo, ao modo de estilóbato, em formato paralelepipédico, é decorado na face principal e assenta sobre quatro pés de bolacha, ligeiramente salientes. A base deste é decorada, nas faces principais e laterais, com flores de lódão. Na face principal do estilóbato, ao centro, um medalhão circular, definido por uma cercadura de pérolas, no interior, uma concavidade e um friso convexo de palas. No campo, uma figura feminina, sentada numa cadeira de espaldar, de perfil, voltada para a esquerda do observador. Vestida com uma túnica cujas pontas pendem do espaldar da cadeira, tem os peitos desnudados. Os cabelos são apanhados na nuca. Com a perna esquerda mais fletida, apoia a sinistra no joelho direito, na qual segura um búzio. Amparando o queixo na dextra, apoia o cotovelo direito numa coluna truncada. Para cada lado do medalhão, um festão de motivos fitomórficos enrolados em arabesco e volutas. No registo superior eleva-se um soco de secção retangular, encimado por um vaso com asas de feição clássica, cheio de frutos, decorados no friso do bordo por óvalos e dardos e na base do recipiente com godrões, separados de um estreito friso convexo por barras. A máquina do relógio está inserida neste soco, ocupando o mostrador a parte superior da face principal. De forma circular e cor branca, com os números em numeração romana e divisões pintadas a negro, apresenta dois ponteiros da mesma cor, rematados por um círculo vazado e uma ponta setiforme. Abaixo do eixo dos ponteiros, dois orifícios, junto aos números 8 e 4, para a chave da corda. Abaixo destes, a inscrição Chatourel à Paris. Em volta do mostrador, uma cercadura com um enrolamento de cordão e pérolas. Nos cantos superiores, ornatos fitomórficos em arabesco. Em baixo, duas cornucópias, em S, contrapostas, com o extradorso, na parte inferior, encostado a um mascarão, ao centro, e rematadas por flores e folhas enroladas em volutas. Uma abertura circular, na parte posterior, permite ver a máquina e campainha do relógio. À esquerda do soco, para o observador, uma figura feminina (Pomona – deusa romana da abundância e dos pomares), de pé, trajada com uma túnica, coberta por um manto, apanhado por uma pregadeira sobre o ombro esquerdo, cuja ponta é apanhada pela sinistra, de modo a conter várias flores e frutos. Este braço apoia o cotovelo sobre o soco do relógio. A dextra, caída ao longo do tronco, segura uma coroa de flores e frutos. Descalça, avança com a perna esquerda. Uma abertura na túnica, encimada por dois botões, deixa-lha perna nua até à altura da coxa. Os cabelos, entrançados, são apanhados na nuca e cingidos por uma fita larga. Na testa, um diadema com uma roseta de quatro pétalas. No lado oposto do soco, um ancinho e uma pá cruzados em aspa. As pontas dos cabos, para baixo, são decoradas com folhagem, ao modo de corola, ornamentação que se repete junto à união com a ferramenta, num esquema de simetria, que nasce de um toro e um friso de godrões, onde assenta a folhagem. A ligação à pá faz-se por duas volutas em S, contrapostas, com um extradorso nos lados e um enrolamento para o interior, onde se encostam, ao centro, opção decorativa que se repete na outra alfaia.
sexta-feira, 19 de agosto de 2022
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
Peça do mês - agosto
Trecho
da Ericeira (Praia dos Pescadores)
Aguarela
sobre papel
Alberto
Sousa
1921
50
cm X 56 cm
CP
– MA
Inv. Nº 84.831
No
mês de agosto apresentamos uma obra do aguarelista Alberto Sousa,
Trecho
da Ericeira.
O
artista nasceu em Lisboa, em 06 de dezembro de 1880 e faleceu na
mesma cidade em 1961.Em
1897 o aguarelista foi admitido no atelier de desenho industrial que
Roque Gameiro dirigia na Companhia Nacional Editora. Deixou o atelier
em 1903 e entrou para a Ilustração
Portuguesa,
a revista semanal do jornal diário de Lisboa O
Século,
a convite do seu diretor, Silva Graça. Expôs pela primeira vez em
1901, no Grémio Artístico.O
artista integra-se na segunda geração de pintores de ar
livre,
na linha de Carlos Reis. Pintou essencialmente cenas de praia e de
beira-mar, tipos e costumes populares, o traje português, monumentos
e arquiteturas de todo o país, tendo documentado em aguarela e
ilustração o património nacional.Em
1911 concorreu a uma exposição realizada em Madrid e em 1913 teve a
sua primeira exposição individual, na redação de A
Capital,
passando no começo dos anos 20 a expor regularmente. Em 1914 foi
nomeado conservador artístico na Inspeção das Bibliotecas e
Arquivos Nacionais.A
obra Trecho
da Ericeira é
uma pintura a aguarela sobre papel colado em madeira, a representação
de uma rampa de acesso ao areal da Ericeira.À
direita da composição, o casario, disposto ao longo da rampa, as
primeiras casas apresentam um tom amarelo e ao fundo são já
brancas. No chão, em primeiro plano, junto aos muros das casas,
algumas âncoras e outra palamenta (boias, redes e armadilhas de
pesca). Ao princípio da rampa, à direita, um soco cilíndrico. Na
esquerda do quadro a rua é limitada por um muro, vendo-se uma
escarpa ao fundo, numa curva do arruamento. No início do muro da
rampa, em cima dele, algumas armadilhas de pesca. À
sua sombra, dois pescadores sentados no chão e encostados ao muro,
reparando os apetrechos pesqueiros. O do primeiro plano, descalço,
veste calças azuis arregaçadas e camisa branca e castanha aos
quartos; o outro veste de castanho e tem os pés calçados. Nas
cabeças têm bonés.Depois
destes, outros dois pescadores são representados descalços. Um,
debruçado sobre o muro, traja calças azuis, camisa branca e colete
castanho e um barrete preto na cabeça; o outro, mais atrás,
ligeiramente curvado para diante, veste calças azuis e camisa branca
coberta por um colete vermelho, transportando algo às costas em tons
de azul e castanho.No
último plano, à esquerda, algumas casas, em tons de branco, roxo e
rosa. O céu, pintado em tons de azul, apresenta algumas nuvens,
sobretudo no canto superior direito do quadro, brancas em cima e mais
escuras na linha do horizonte. No canto inferior esquerdo, a
assinatura, local e data: Alberto
Souza Ericeira 1921.A
moldura
é em madeira, dourada a ouro velho, com friso exterior e uma
concavidade.
Aguarela sobre papel
Alberto Sousa
1921
50 cm X 56 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.831
sexta-feira, 1 de julho de 2022
Peça do mês - julho
Tejo junto à praia do Alfeite (O lugar do Alfeite)
Óleo sobre madeira
António Ramalho
1880
48 cm X 70 cm
CP – MA
No mês de julho apresentamos uma obra do pintor António Ramalho, O lugar do Alfeite. O artista, nasceu em 1858, em Barqueiros (Mesão Frio), no seio de uma família pobre. Muito jovem vai para o Porto, onde trabalha numa marcenaria, aproveitando os tempos livres para se dedicar à pintura, foi discípulo do pintor naturalista Silva Porto, na Academia de Belas Artes de Lisboa. Em 1881 é membro fundador das exposições do Grupo do Leão e em 1882 o Marquês da Praia e Monforte concede-lhe uma bolsa de estudo em Paris, durante dois anos.
A sua obra caracteriza-se por quadros de temática realista, onde abundam as paisagens marítimas e os retratos de mulheres e crianças.
Está representado em vários museus, mas também no Palácio Soto-Maior, na Figueira da Foz, nos tetos do Teatro Garcia da Orta, em Évora e na abóboda do Palácio da Bolsa, no Porto. Faleceu subitamente na Figueira da Foz, em 1916, com 58 anos.
A obra em destaque é precisamente uma marinha, pinta-a com apenas 22 anos de idade, representa o tejo com os barcos dirigidos para a praia do Alfeite. Ao fundo e à esquerda casas do lugar do Alfeite, no monte.
No areal duas casas de madeira pintadas uma de azul e a outra de encarnado.
A moldura é em madeira e gesso dourado e trabalhada. Salientando-se um friso de pérolas e outro de folhas de loureiro.
A obra pertenceu à coleção de João Burnay.
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Peça do mês - junho
terça-feira, 10 de maio de 2022
Visita Virtual - Divindades e Episódios ligados à Mitologia na Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça.
No dia em que a Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, faz 62 anos de abertura ao público, um dia dedicado à Mitologia Clássica.
domingo, 1 de maio de 2022
Peça do mês - maio
Retrato
de Margarida Amália Mendes de Azevedo Vasconcelos Relvas e CamposÓleo
sobre telaJosé
Malhoa1887143
cm X 110 cmCP
– MAInv.
Nº 84.261
Em Portugal é no primeiro domingo de maio que celebramos o dia da mãe. A casa dos Patudos – Museu de Alpiarça escolheu para este mês um retrato de Margarida Amália Mendes de Azevedo Vasconcelos Relvas e Campos (1837 - 1887), esposa de Carlos Augusto Relvas e Campos (1838 - 1894), e mãe de José Mascarenhas Relvas (1858 - 1929), da autoria de José Malhoa (1855 – 1933).
José Vital Branco Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha, em 28 de abril de 1855. Com apenas 12 anos entrou para a escola da Real Academia de Belas Artes de Lisboa. Em todos os anos ganhou o primeiro prémio, devido às suas enormes faculdades e qualidades artísticas. Realizou várias exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, designadamente em Espanha , França e Brasil. Pioneiro do Naturalismo no nosso país, integrou o Grupo do Leão. Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística do Impressionismo. Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada. Em 1933, ano da sua morte, foi criado o Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha.
A obra apresentada é um retrato de Margarida Amália Relvas, numa pintura de grande formato, de circunstância, em torso com um vestido preto e apoiada num móvel, outra rosa guarnecendo o peito, a cabeça destaca-se da brancura de gola, Segura na mão direita um leque azul, a qual assenta no espaldar da cadeira, estando sobreposta pela mão esquerda, apresenta uma caracterização fisionómica opaca.
A moldura é de madeira e gesso dourado, decorada por folhas de acanto, arabescos e folhas de loureiro.
quinta-feira, 14 de abril de 2022
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – 18 de abril de 2022
quarta-feira, 13 de abril de 2022
INFORMAÇÃO
Informamos que nos próximos dias 15, 16 e 17 de abril a Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça se encontra encerrada.
quinta-feira, 31 de março de 2022
Peça do mês - abril
São Francisco de Paula
Escultura em barro policromado
Joaquim Barros
Finais do Século XVIII/Inícios do Século XIX
27 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.121
A peça divulgada neste mês de abril é uma escultura em barro policromado, representando São Francisco de Paula, (cujo dia se comemora a 02 deste mês). Este foi o eremita fundador da ordem dos Mínimos. Nasceu a 27 de março de 1416 em Paula, Itália, no seio de uma família cristã. Os seus pais rezaram a São Francisco de Assis para poderem ter filhos e foi também a este Santo que recorreram quando o filho mais velho desenvolveu um abcesso num olho. Prometeram que se o filho (Francisco d'Alessio) se curasse usaria o hábito durante um ano completo, num dos conventos da ordem.
Aos 13 anos, após receber a visão de um frade franciscano, entra para o convento, onde passa o ano seguinte, período durante o qual dá provas de um grande amor pela oração, pela penitência e também de uma grande humildade e obediência. Após sair do convento, parte em peregrinação a locais de devoção com os pais.
Regressando a Paula, retira-se para viver em solidão dedicando-se à oração e penitência. Em 1435, juntaram-se-lhe dois companheiros e construíram três celas e uma capela, surgindo assim uma nova ordem. Com o aumento gradual dos seus discípulos, São Francisco conseguiu a permissão do arcebispo de Cosenza para a construção de um grande convento e de uma igreja. A devoção ao Santo aumentou, pelos muitos milagres que realizou.
A
regra adotada por São Francisco de Paula e pelos seus seguidores foi
a de uma vida de grande severidade, abstinência e pobreza, com
destaque para a humildade, lema da ordem. Francisco de Paula recusou
ser ordenado sacerdote, mas obteve da Santa Sé a permissão da
designação de Ordem dos Mínimos, os últimos de todos os
religiosos. O rei Luís XI de França nutria uma grande admiração
por ele. Quando se encontrava moribundo, mandou chamá-lo para que
este o preparasse para a sua derradeira viagem. Os seus sucessores,
Carlos VIII e Luís XII, mantiveram-no junto da corte como consultor.
Foi em Tours, França, que veio a falecer, a 2 de abril de 1507. Doze
anos após a sua morte, a 1 de maio, foi canonizado durante o
pontificado do Papa Leão X.
A escultura de fabrico português, da autoria de Joaquim Barros (1762-1820), representa um frade, com rosto de idoso e uma barba comprida. Este tem a mão direita encostada ao peito. Veste um hábito de cor preta pintado com folha dourada, as mangas são decoradas com motivos muito trabalhados. O santo tem à cintura um crucifixo de cor castanha, que pende de uma corda formada por duas fiadas. A forma como foi representado é em estado de total contemplação.