quinta-feira, 31 de março de 2022

Peça do mês - abril

São Francisco de Paula

Escultura em barro policromado

Joaquim Barros

Finais do Século XVIII/Inícios do Século XIX

27 cm

CP – MA

Inv. Nº 84.121

A peça divulgada neste mês de abril é uma escultura em barro policromado, representando São Francisco de Paula, (cujo dia se comemora a 02 deste mês). Este foi o eremita fundador da ordem dos Mínimos. Nasceu a 27 de março de 1416 em Paula, Itália, no seio de uma família cristã. Os seus pais rezaram a São Francisco de Assis para poderem ter filhos e foi também a este Santo que recorreram quando o filho mais velho desenvolveu um abcesso num olho. Prometeram que se o filho (Francisco d'Alessio) se curasse usaria o hábito durante um ano completo, num dos conventos da ordem.

Aos 13 anos, após receber a visão de um frade franciscano, entra para o convento, onde passa o ano seguinte, período durante o qual dá provas de um grande amor pela oração, pela penitência e também de uma grande humildade e obediência. Após sair do convento, parte em peregrinação a locais de devoção com os pais.

Regressando a Paula, retira-se para viver em solidão dedicando-se à oração e penitência. Em 1435, juntaram-se-lhe dois companheiros e construíram três celas e uma capela, surgindo assim uma nova ordem. Com o aumento gradual dos seus discípulos, São Francisco conseguiu a permissão do arcebispo de Cosenza para a construção de um grande convento e de uma igreja. A devoção ao Santo aumentou, pelos muitos milagres que realizou.


A regra adotada por São Francisco de Paula e pelos seus seguidores foi a de uma vida de grande severidade, abstinência e pobreza, com destaque para a humildade, lema da ordem. Francisco de Paula recusou ser ordenado sacerdote, mas obteve da Santa Sé a permissão da designação de Ordem dos Mínimos, os últimos de todos os religiosos. O rei Luís XI de França nutria uma grande admiração por ele. Quando se encontrava moribundo, mandou chamá-lo para que este o preparasse para a sua derradeira viagem. Os seus sucessores, Carlos VIII e Luís XII, mantiveram-no junto da corte como consultor. Foi em Tours, França, que veio a falecer, a 2 de abril de 1507. Doze anos após a sua morte, a 1 de maio, foi canonizado durante o pontificado do Papa Leão X.

A escultura de fabrico português, da autoria de Joaquim Barros (1762-1820), representa um frade, com rosto de idoso e uma barba comprida. Este tem a mão direita encostada ao peito. Veste um hábito de cor preta pintado com folha dourada, as mangas são decoradas com motivos muito trabalhados. O santo tem à cintura um crucifixo de cor castanha, que pende de uma corda formada por duas fiadas. A forma como foi representado é em estado de total contemplação.

 

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