sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Peça do mês - dezembro


Sagrada Família
Pintura a óleo sobre tela
Juan Ruiz Soriano
Século XVIII
128,2 cm X 106,1 cm
CP – MA
Inv. Nº 84. 1153


                                                  
No mês de dezembro, em que se celebra no dia 25 o nascimento de Jesus, apresentamos como Peça do Mês a obra Sagrada Família, da autoria do pintor espanhol Juan Soriano. A pintura a óleo sobre tela representa a Virgem, o Menino e São José. A Virgem está envolvida por um manto castanho com uma dobra em azul, a sua cabeça está coberta por parte do manto num outro tom de castanho, descaindo-lhe sobre o peito. Os seus braços seguram o Menino, que veste uma túnica de tule branca acinzenta, desnudando os ombros, o Menino segura nas mãos uma maçã que simultaneamente pousa no regaço, aqui a maçã significa a aceitação dos pecados do Homem e a sua salvação. Em segundo plano aparece José, debruçado sobre a Virgem e o Menino, tendo uma mão no peito e a outra segura a túnica, que veste, que é nos mesmos tons do da Virgem. O colecionador José Relvas (1858-1929) adquiriu esta obra de arte na primeira metade do século XX, durante o período que esteve como Embaixador em Madrid (1911-1914). A moldura é entalhada com efeitos de vieiras, ornatos aos cantos e folhas de acanto, os quais assentam sobre um fundo preto.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Peça do mês - novembro

  Casamento Místico de Santa Catarina de Alexandria

Pintura a óleo sobre madeira
Escola hispano-flamenga
Ca. 1515
72,8 cm X 50,1 cm
CP – MA
Inv. Nº 84. 580
No mês de novembro, em que se celebra a 25 o dia de Santa Catarina, apresentamos como Peça do Mês a obra O Casamento Místico de Santa Catarina de Alexandria, da Escola hispano-flamenga, talvez realizado numa oficina de Antuérpia. Catarina terá nascido na cidade egípcia de Alexandria e cresceu como pagã, convertendo-se ao cristianismo já na sua adolescência, numa visão terá sido transportada para o céu e encontrou-se com o Menino Jesus e com a Virgem Maria, em êxtase casou-se misticamente com Cristo, assim aos dezoito anos, converteu-se ao Cristianismo. Por se ter convertido ao Cristianismo, Catarina de Alexandria foi condenada à morte lenta na roda (instrumento de tortura que mutilava e causava grande sofrimento). Os atributos de Santa Catarina são a roda dentada partida, a espada, o anel e a palma. A obra apresenta-nos em primeiro plano, num grande cadeirão de espaldar e braços, primorosamente trabalhado, está sentada a Virgem com o Menino ao colo, de joelhos junto a eles, Santa Catarina de Alexandria, com a sua coroa, tendo na frente uma banqueta, segura uma das mãos do Menino. No chão uma roda e uma espada (relacionadas com o martírio). No lado direito um anjo toca harpa, outro oferece uma taça com frutos. Sem segundo plano um homem em atitude humildade e envergonhado segura o chapéu junto ao peito, o fundo do quadro é uma paisagem onde se destaca um castelo. A moldura em madeira e gesso dourado, decorada por um friso de ornatos em forma de coração e folhas de acanto, seguindo-se-lhe um de folhas de acanto, salientando-se um outro com grande composição floral, e por último um de óvulos. Esta obra de arte foi adquirida no ano de 1913, com a intervenção do Conservador de Pintura Primitiva, do Museu do Prado, D. Frederico de Amutio. Pertenceu à coleção da Marquesa de Santoña, de Madrid.

domingo, 1 de outubro de 2023

Peça do mês - outubro

Alegre Ceia
Pintura a óleo sobre madeira
Gérard Van Herp
Século XVII
69 cm X 89 cm
CP – MA
Inv. Nº 84. 409
No mês de outubro, em que se celebramos o Dia Mundial da Música, apresentamos como Peça do Mês a obra Alegre Ceia, da autoria do pintor flamengo Gerárd Van Herp. O artista que viveu na Holanda, no século XVII, retrata sobretudo cenas do quotidiano do seu país.
A obra de arte Alegre Ceia é uma festa holandesa com vários personagens sentados em volta de uma mesa de jantar, estes vestem de diversas cores, destacando-se o encarnado e o cinzento claro. Em cada uma das extremidades da mesa, para animar a festa, um cavaleiro e uma dama tocam bandolim. Em cima da mesa encontram-se travessas com frango e outros alimentos.
No chão, em primeiro plano, vê-se um cão de cor castanha e branca, em sua volta cartas espalhadas, de um jogo anteriormente realizado.
No canto superior esquerdo do quadro observa-se uma porta aberta que dá acesso para a cozinha, aqui vê-se a cozinheira continuando a preparar comida para a festa, num fogão a lenha. A cena retratada é típica do barroco flamengo e caracteriza através de uma paleta cromática forte este período.
A moldura é dourada em madeira e gesso decorado por ornatos envolvidos de arabescos.
A obra foi adquirida aos Marqueses de Tancos.

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Peça do mês - setembro

Representação de Pomona

Escultura em barro e gesso

Século XIX

125,3 cm X 49 cm

CP – MA

Inv. Nº 84. 164


Em setembro apresentamos como peça do mês a deusa romana Pomona, guardiã dos pomares e das árvores de fruto. Esta é uma deusa unicamente romana, não existindo na mitologia grega. A deusa Pomona, está representada de uma forma em que o vestuário é cingido aos contornos do corpo; tem a mão esquerda caída, segurando um cacho de uvas, na cabeça tem uma coroa formada por parras e uvas. A figura repousa numa peanha de barro banhado por uma pelicula de gesso.

Na mitologia romana, Pomona é a deusa da abundância e dos pomares, sendo, por vezes, confundida com Deméter, deusa da agricultura. O seu nome vem da palavra latina pomum, que se traduz como fruto.

Nas Obras de Ovídio, Pomona é uma ninfa de madeira virginal que rejeitou vários pretendentes, como Silvano e Picus, acaba por se casar com Vertumno, este para a conquistar disfarçou-se de uma velha mulher que lhe dava conselhos sobre quem haveria de casar.

A deusa Pomona e o seu marido Vertumno foram escolhidos entre os Numina, ou espíritos guardiões da mitologia romana, que assistiam as pessoas ou ainda aspetos da casa ou dos campos, no caso deles, os pomares e jardins. Ela tinha o seu próprio sacerdote em Roma, os flamen Pomonalis e um bosque sagrado chamado Pomonal, localizado não muito longe de Ostia, o antigo porto de Roma. Muito representada no século XIX, em estátuas e decorações de edifícios aparece geralmente retratada carregando um grande prato de frutas.


terça-feira, 1 de agosto de 2023

Peça do mês agosto

 


Manhã no Lima

Pintura a óleo sobre tela

Carlos Reis

1897

58,5 cm X 76 cm

CP – MA

Inv. Nº 84. 792

No mês de agosto do ano em que se celebram os 160 anos do nascimento de Carlos Reis (1863-1940) apresentamos uma obra de arte deste artista na Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça, vamos até ao Minho, Viana do Castelo e destacamos a pintura Manhã no Lima.

    O pintor Carlos António Rodrigues dos Reis, nasceu no dia 21 de fevereiro de 1863, em Torres Novas e faleceu no dia 21 de agosto de 1940, em Coimbra (com 77 anos). Foi um pintor naturalista, integrando-se na segunda geração naturalista, da qual foi um dos pintores mais eminentes. Recebeu uma Medalha de honra em pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes, nos anos de 1906 e 1920. Pintou retratos da realeza e nobreza da sua época, bem como cenas da vida quotidiana do povo português. A sua obra revela-se admirável pela sua aptidão para transmitir luminosidades. Foi professor da Escola de Belas Artes de Lisboa, diretor do Museu de Arte Antiga em 1905, e foi o primeiro diretor do Museu de Arte Contemporânea de 1911 a 1914. Morou em Lisboa, no Solar da Quinta dos Lagares d'El-Rei. Em 1942, o seu nome foi atribuído ao museu da sua terra natal.

    A obra de arte Manhã no Lima, adquirido no atelier do artista, é um óleo sobre tela onde está representada a margem esquerda do rio Lima, nos arredores da cidade de Viana do Castelo, ao gosto do pintor uma cena tipicamente portuguesa. Em primeiro plano podemos apreciar o rio e as margens, ao fundo os barcos no rio entre o areal e a cortina distante dos montes. É visível na obra a tonalidade clara, sobressaindo ainda o amarelo e o verde, efeitos da madrugada.

    A moldura é dourada em madeira e gesso trabalhado, nos cantos, uma folha de acanto e uma grinalda no friso superior.

sábado, 1 de julho de 2023

Peça do mês - julho

 

Nascer do Sol

Pintura a óleo sobre tela

Marques de Oliveira

1897

40,3 cm X 27,4 cm

CP – MA

Inv. Nº 84. 745


O mês de julho é um dos meses de predileção para os portugueses que gostam de fazer praia, assim escolhemos mais uma praia da nossa coleção: a Praia de Vila do Conde, (Nascer do Sol) de Marques de Oliveira (1853-1927).

João Joaquim Marques da Silva Oliveira, nasceu a 23 de Agosto de 1853, no Porto. A sua carreira enquanto pintor começou no ano de 1864, quando entrou para a Academia Portuense de Belas Artes e assim realizou o curso de História da Pintura, em 1873. Nesse mesmo ano, foi viver para França onde permaneceu com o seu colega António da Silva Porto, até 1879.

Em 1876 e 1878, Marques de Oliveira participou nos Salons de Paris. No ano seguinte regressa então ao ponto de origem da sua carreira, o Porto, e inicia a pintura de ar livre, em Portugal.

Tanto Marques de Oliveira como Silva Porto são considerados os pintores que introduziram o Naturalismo em Portugal.

João Marques de Oliveira, não foi apenas um pintor naturalista como também desempenhou o papel de professor. A partir de 1881 tornou-se professor na Academia Portuense de Belas-Artes, onde se formou e da qual viria a ser Diretor. Veio a falecer a 9 de outubro de 1927, no Porto.

A pintura apresentada neste mês de julho retrata o efeito do nascer do sol em casas de Vila do Conde Em primeiro plano podemos observar a água e os barcos na praia. Mais ao longe, em segundo plano, implantada sob um maciço rochoso sobranceiro ao rio Ave, a Capela de Nossa Senhora do Socorro.

A moldura é em madeira e gesso dourado trabalhado com motivos florais, pérolas e folhas de acanto nos quatro cantos. O quadro está assinado e datado de 1897.


quinta-feira, 1 de junho de 2023

Peça do mês - junho


João de Loureiro Relvas em criança

Pintura a óleo sobre madeira

José Malhoa

1900

28 cm X 13,1 cm

CP – MA

Inv. Nº 85. 512

Neste mês de junho em que se celebra o Dia da Criança, apresentamos como Peça do Mês o Retrato de João de Loureiro Relvas, em criança, pintado por José Malhoa.

João Pedro de Loureiro Relvas (1887-1899) era o filho mais novo de José Relvas e D. Eugénia Mendes Loureiro, foi o segundo filho a falecer, com apenas 12 anos de idade, vítima de febre tifoide.

Esta pintura trata-se de um retrato póstumo, elaborada a partir de uma fotografia predileta de seus pais, tendo por isso um grande valor sentimental para o casal Relvas.

Era comum José Malhoa utilizar fotografias como base para os seus trabalhos e não o modelo natural, pois muitas vezes as encomendas eram feitas após os retratados já terem falecido.

O retrato foi feito um ano após a morte de João Pedro Relvas, encontrando-se assinado e datado no canto inferior direito.

João aparece retratado com dois anos, com cabelos loiros caídos até aos ombros, vestindo um bibe azul - claro e calçando botas pretas. Num plano secundário pode observar-se um jardim com flores. A moldura é em madeira e gesso, onde um dos frisos está decorado com ramos florais entrelaçados em fitas.

O pintor José Vital Branco Malhoa (1855 - 1933) teve uma relação de amizade muito forte com a família Relvas, já realizava trabalhos para Carlos de Mascarenhas Relvas (1838 - 1894)e foi sistematicamente convocado para marcar alguns dos momentos mais íntimos da vida desta família. José Malhoa era um frequentador assíduo da Quinta dos Patudos, tendo aqui produzido algumas obras para a coleção de José Relvas. 


segunda-feira, 1 de maio de 2023

Peça do mês - maio

 


A Senhorita do Medalhão

Pintura a óleo sobre tela

Julio Romero de Torres

1915

33, 9 cm X 32,1 cm

CP – MA

Inv. Nº 85. 291

No mês de maio apresentamos como Peça do Mês a obra A Senhorita do Medalhão, da autoria de Julio Romero de Torres esta encontra-se assinada pelo pintor no canto superior direito. A obra esteve numa exposição em Madrid, em 1915, tendo sido adquirida pelo fotógrafo e marchand da exposição Emílio Velo, por 1.200 Pesetas, para José Relvas. Inicialmente, a peça teria um valor de 2.000 Pesetas, mas como o artista pensava que quem a iria adquirir seria o marchand, fez um valor inferior.

O artista nasceu em Córdova, em 1880, tendo morrido nessa mesma cidade, em 1930. Romero de Torres nasceu numa família de pintores e por isso a sua formação foi feita no atelier de seu pai, Rafael Romero Barros. Foi distinguido com várias medalhas e condecorações, tendo participado em diversas exposições internacionais.

Romero de Torres fez parte do grupo de intelectuais e artista com quem José Relvas contactou em Espanha, em 1911.

Nas suas obras destaca-se essencialmente a captação do retrato feminino, com o rosto de olhar intenso e enigmático, como podemos observar na nossa peça do mês.

Na Peça do Mês de maio podemos notar uma jovem mulher que sobressai dramaticamente de um fundo sombrio, quase negro, sendo o perfil retocado em sfumato. Os seus cabelos escuros, reduzidos a mais que uma mancha, e o vestido de tons castanhos realçam o colo e, em especial, o semblante. Na mão segura um medalhão de ouro, de forma oval, preso ao pescoço por uma corrente do mesmo metal. No medalhão pode ver-se um rosto feminino.

O rosto da mulher retratada na pintura apresenta traços invulgares: a boca demasiado pequena, de recorte anguloso, avivado pelo batom carmim, abrindo-se num sorriso que deixa entrever os dentes excessivamente caraterizados; o nariz proeminente; e os olhos enormes, que expressam um olhar melancólico.

A moldura da obra é em madeira e gesso dourado com um leve trabalho em forma de arabescos.

sábado, 1 de abril de 2023

Peça do mês - abril


Nossa Senhora dos Desamparados (estudo)

Óleo sobre tela

Vicente López y Portaña

Ca 1838

44, 6 cm X 31,5 cm

CP – MA

Inv. Nº 84.367


No mês de abril, apresentamos como Peça do Mês a obra de Vicente López, Nossa Senhora dos Desamparados.

Esta pintura foi adquirida, quando José Relvas esteve a desempenhar funções diplomáticas em Madrid.

A obra resulta de um estudo feito pelo pintor para um retábulo para o Oratório do Palácio de Vista Alegre, nos arredores de Madrid.

O artista Vicente López y Portaña nasceu em Valência, em 1772, tendo falecido em Madrid, em 1850.

Frequentou a Escuela de Bellas Artes, onde obteve aos dezassete anos o prémio de desenho e colorido. Mais tarde, partiu como bolseiro para Madrid, especializando-se na Real Academia de Bellas Artes de San Fernando. Na Real Academia de Bellas Artes de San Carlos ocupou, em 1799, o cargo de diretor de pintura e, dois anos depois, foi nomeado presidente.

Foi escolhido como pintor de câmara honorário, após ter retratado a família real espanhola, na ocasião em que Carlos IV visitou a cidade de Valência, em 1802. Fernando VII distinguiu-o com o cargo de pintor de câmara efetivo, o que fez com que o pintor fixasse a sua residência na corte.

A pintura que aqui apresentamos evoca um milagre. Situa-o no interior de um templo quatrocentista. Nos muros de cantaria distinguem-se colunas, cimalhas e mervurações. Ao fundo sobressai-se um janelão amainelado, com finos lavouros de traçaria.

A virgem e o menino erguem-se de um magnífico trono para acolherem uma pobre mulher, que vem pedir auxílio traz consigo os três filhos. De joelhos por terra, a desditosa sustém, no colo, a criança mais jovem, que jaz inerte e implora que lhe seja restituída a vida. Os outros meninos repetem a súplica materna com lágrimas e preces. Maria, assistida por um anjo, estende o manto sobre os infelizes, enquanto Jesus, num gesto de termo acolhimento estende as mãos para eles.


sexta-feira, 3 de março de 2023

Peça do mês - março



 

  Cachimbo

Século XIX

Técnica: Incrustações

11, 5 cm comprimento. 5 cm de altura 2, 8 cm de diâmetro.

CP – MA

Inv. Nº 84. 256

No mês em que comemoramos o 165º do aniversário de José Relvas apresentamos uma peça do seu uso pessoal: o cachimbo. Este foi introduzido na Europa, no século XVI, após os europeus terem visto na América o uso deste instrumento para o consumo do tabaco.

O tabaco era colocado no fornilho do cachimbo, de forma a ser aceso, e a fumaça era inalada pela boquilha.

Os primeiros cachimbos eram feitos em cerâmica branca (caulino), sendo oriundos da Inglaterra, rapidamente os centros de produção difundiram-se para outros países como Holanda e mais tarde, na França. No século XIX, surgem cachimbos fabricados em argila vermelha ou preta e em madeira. Fumar tabaco através de um cachimbo era visto pela sociedade como um ato de elegância, sobretudo pelas classes mais ricas. Sendo, inicialmente, utilizado por se acreditar ter caraterísticas medicinais.

Os cachimbos tornaram-se objetos procurado por quase toda a sociedade. Existindo desde aqueles feitos cuidadosamente, completados com estojo e pinças para brasas, que alcançariam valores elevados, até às peças menos elaboradas, vendidas avulsas em tabernas. Apresentamos aqui um cachimbo de haste curta com estojo. Este é constituído por um fornilho ovoide, com marcas de fogo. A boquilha em resina, está separada da haste de madeira por um anel em prata com decoração fitomórfica. Encontra-se dentro de uma caixa de pele grená forrada a cetim vermelho.




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Peça do mês - fevereiro

 



A Odalisca 

Óleo sobre madeira

António Garcia Mencía

1896

35,1 cm X 22,8 cm

CP – MA

Inv. Nº 86.33

Em fevereiro apresentamos como peça do mês uma pintura intitulada A Odalisca, da autoria de António Garcia Mencía, o artista nasceu em Madrid em 1850, tendo vivido sobretudo no estrangeiro. Foi um aguarelista de fama internacional, muito apreciado em Inglaterra e no Continente Americano.

Participou em diversas Exposições Nacionais de Belas Artes, sendo premiado nas de 1892 e 1901.

Antonio García Mencía faleceu em Madrid em 1911.

O interesse romântico pelo Orientalismo começou em Espanha a partir de meados do século XIX, como seria de esperar num país onde abundam os vestígios do período islâmico.

A obra A Odalisca também é conhecida como Rapariga Árabe e foi comprada por José Relvas, quando residiu em Madrid (1911-1914).

Em destaque no centro da estruturação da obra, aparece-nos uma jovem que alisa sedutoramente o cabelo que se liberta de um véu azul, caindo sobre os ombros, enquanto sorri com malícia, num convite à partilha da intimidade. Tal como estes gestos, a otomana em desalinho, os pés nus sobre o tapete. O próprio véu quase transparente, que tudo parece indicar que acabou de se levantar de um momento de repouso é a exaltação da beleza e da sensualidade da mulher, livre de autodomínio e das barreiras morais.

A variedade, a paleta e o pormenor dos elementos apelam a uma observação atenta. A figura é transformada numa mancha quente com cores frias e vibrantes, sublinhando a intencionalidade sensual da cena. Depois de os percorrer, o olhar regressa de novo, quase inevitavelmente, à jovem o que dá origem a um dispositivo cujo fulcro vem cair sobre o rosto alegre, em destaque sobre parede branca.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Exposição de Desenhos (a) Riscar o Património De 28 de janeiro a 20 de Fevereiro

 











             
























No próximo dia 28 de Janeiro de 2023, junte-se a nós para celebrar o desenho na Casa dos Patudos, em Alpiarça.

14h00 – Encontro de Urban Sketchers para desenhar a Sala Império, com a sua impar coleção de Leques
17h00 – Inauguração da Exposição comemorativa da nona edição do programa (a)riscar o património
INSCRIÇÃO:
https://forms.gle/V3Q3upWzkGzJKch86
ENTIDADES:
Direcção Geral do Património Cultural
Municipio de Alpiarça
Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça
Urban Sketchers Portugal
Urban Sketchers Ribatejo
Mais informação aqui:
http://ariscaropatrimonio.dgpc.pt/
Local do Encontro:
Rua José Relvas
2090-102 Alpiarça
Mapa: https://goo.gl/maps/7yyd1zXpsV9KhY4i8
PROGRAMA DETALHADO
14h00 – Chegada à Casa dos Patudos
14h15 – Visita e Desenho da Sala Império: a música oculta nos Leques
16h45 – Partilha de Desenhos
17h00 – Inauguração da Exposição comemorativa da nona edição do programa (a)riscar o património, promovida pela Direcção Geral do Património Cultural, à qual se associam os Urban Sketchers Portugal e todos os seus grupos regionais.
19 encontros, 19 locais diferentes, um tema, um dia.
Este encontro vem no seguimento daquele realizado no passado dia 24 de Setembro de 2022, denominado “ A casa-museu”.
Para saber mais sobre as Jornadas Europeias do Património:
http://ariscaropatrimonio.dgpc.pt/19-encontros-19-locais.../
Para saber mais sobre os leques:
https://run.unl.pt/handle/10362/24943