No dia em que a Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, faz 62 anos de abertura ao público, um dia dedicado à Mitologia Clássica.
terça-feira, 10 de maio de 2022
Visita Virtual - Divindades e Episódios ligados à Mitologia na Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça.
domingo, 1 de maio de 2022
Peça do mês - maio
Retrato
de Margarida Amália Mendes de Azevedo Vasconcelos Relvas e CamposÓleo
sobre telaJosé
Malhoa1887143
cm X 110 cmCP
– MAInv.
Nº 84.261
Em Portugal é no primeiro domingo de maio que celebramos o dia da mãe. A casa dos Patudos – Museu de Alpiarça escolheu para este mês um retrato de Margarida Amália Mendes de Azevedo Vasconcelos Relvas e Campos (1837 - 1887), esposa de Carlos Augusto Relvas e Campos (1838 - 1894), e mãe de José Mascarenhas Relvas (1858 - 1929), da autoria de José Malhoa (1855 – 1933).
José Vital Branco Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha, em 28 de abril de 1855. Com apenas 12 anos entrou para a escola da Real Academia de Belas Artes de Lisboa. Em todos os anos ganhou o primeiro prémio, devido às suas enormes faculdades e qualidades artísticas. Realizou várias exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, designadamente em Espanha , França e Brasil. Pioneiro do Naturalismo no nosso país, integrou o Grupo do Leão. Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística do Impressionismo. Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada. Em 1933, ano da sua morte, foi criado o Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha.
A obra apresentada é um retrato de Margarida Amália Relvas, numa pintura de grande formato, de circunstância, em torso com um vestido preto e apoiada num móvel, outra rosa guarnecendo o peito, a cabeça destaca-se da brancura de gola, Segura na mão direita um leque azul, a qual assenta no espaldar da cadeira, estando sobreposta pela mão esquerda, apresenta uma caracterização fisionómica opaca.
A moldura é de madeira e gesso dourado, decorada por folhas de acanto, arabescos e folhas de loureiro.
quinta-feira, 14 de abril de 2022
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – 18 de abril de 2022
quarta-feira, 13 de abril de 2022
INFORMAÇÃO
Informamos que nos próximos dias 15, 16 e 17 de abril a Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça se encontra encerrada.
quinta-feira, 31 de março de 2022
Peça do mês - abril
São Francisco de Paula
Escultura em barro policromado
Joaquim Barros
Finais do Século XVIII/Inícios do Século XIX
27 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.121
A peça divulgada neste mês de abril é uma escultura em barro policromado, representando São Francisco de Paula, (cujo dia se comemora a 02 deste mês). Este foi o eremita fundador da ordem dos Mínimos. Nasceu a 27 de março de 1416 em Paula, Itália, no seio de uma família cristã. Os seus pais rezaram a São Francisco de Assis para poderem ter filhos e foi também a este Santo que recorreram quando o filho mais velho desenvolveu um abcesso num olho. Prometeram que se o filho (Francisco d'Alessio) se curasse usaria o hábito durante um ano completo, num dos conventos da ordem.
Aos 13 anos, após receber a visão de um frade franciscano, entra para o convento, onde passa o ano seguinte, período durante o qual dá provas de um grande amor pela oração, pela penitência e também de uma grande humildade e obediência. Após sair do convento, parte em peregrinação a locais de devoção com os pais.
Regressando a Paula, retira-se para viver em solidão dedicando-se à oração e penitência. Em 1435, juntaram-se-lhe dois companheiros e construíram três celas e uma capela, surgindo assim uma nova ordem. Com o aumento gradual dos seus discípulos, São Francisco conseguiu a permissão do arcebispo de Cosenza para a construção de um grande convento e de uma igreja. A devoção ao Santo aumentou, pelos muitos milagres que realizou.
A
regra adotada por São Francisco de Paula e pelos seus seguidores foi
a de uma vida de grande severidade, abstinência e pobreza, com
destaque para a humildade, lema da ordem. Francisco de Paula recusou
ser ordenado sacerdote, mas obteve da Santa Sé a permissão da
designação de Ordem dos Mínimos, os últimos de todos os
religiosos. O rei Luís XI de França nutria uma grande admiração
por ele. Quando se encontrava moribundo, mandou chamá-lo para que
este o preparasse para a sua derradeira viagem. Os seus sucessores,
Carlos VIII e Luís XII, mantiveram-no junto da corte como consultor.
Foi em Tours, França, que veio a falecer, a 2 de abril de 1507. Doze
anos após a sua morte, a 1 de maio, foi canonizado durante o
pontificado do Papa Leão X.
A escultura de fabrico português, da autoria de Joaquim Barros (1762-1820), representa um frade, com rosto de idoso e uma barba comprida. Este tem a mão direita encostada ao peito. Veste um hábito de cor preta pintado com folha dourada, as mangas são decoradas com motivos muito trabalhados. O santo tem à cintura um crucifixo de cor castanha, que pende de uma corda formada por duas fiadas. A forma como foi representado é em estado de total contemplação.
sexta-feira, 4 de março de 2022
Exposição Temporária: A mulher na coleção de arte de José Relvas
Exposição Temporária
Comemorações do 164º Aniversário de José Relvas
terça-feira, 1 de março de 2022
Peça do Mês - Março
Placa de prata com inscrição
Prata
1925
17,1 cm X 13,5 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.254
A peça divulgada neste mês de março, mês do aniversário de José Relvas (05-03-1958), apresentamos uma peça que foi uma oferta da sua irmã, Maria Clementina Relvas, uma placa de prata com uma dedicatória a seu irmão. A placa de prata polida tem as seguintes inscrições:
Le langage le plus éloquent
Que puisse sur la terre exister,
Est dans mon cœur reconnaissant
En pensant à toutes Tes bontés!
Accepte cet insignifiant souvenir,
Que Te prouvera à tout moment,
Mieux que je ne saurais Te dire,
Tout ce que pour Toi je ressens !
A linguagem mais eloquente
Que possa na terra existir,
Está no meu coração grato
Pensando em todas as Tuas bondades!
Aceita esta insignificante lembrança,
Que Te irá provar a todo momento,
Melhor do que saberei dizer-Te,
Tudo o que sinto por Ti!
No canto inferior esquerdo pode ler-se a seguinte menção:
Ao excelentíssimo Senhor José Relvas felicita-o a sua muito amiga e grata irmã Maria Clementina Relvas. Tem a data 5 de março de 1925. Esta placa encontra-se dentro de uma caixa de madeira forrada a veludo roxo e a parte inferior (exterior) forrada a cetim encarnado.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
Peça do mês - Fevereiro
Colcha de Castelo Branco
Seda sobre fio de seda
Séc. XVII
2695 cm X182 cm
CP – MA
Inv. Nº 84.65
A peça divulgada neste mês de fevereiro é uma colcha de Castelo Branco em seda natural, apresenta um bordado a cheio e ponto pé de flor, com linhas de seda. Os motivos apresentados são motivos: florais, aves e figuras zoomórficas.
A colcha apresentada é bordada a seda sobre fio de seda (o que a torna um exemplar raro), em linhas de tons azul, rosa, verde, castanho e branco, a seda é amarela dourada. Ao centro tem um medalhão com a representação de uma pomba que ostenta um cravo no bico; esta figura é envolvida por motivos florais; o medalhão forma duas cercaduras ovais em tons de azul. Este motivo central é decorado por outras pombas e intervalado por motivos florais. A colcha é debruada a franja de seda em tom de castanho e forrada por um tecido alinhado que forma ramagens em tons de encarnado.
O bordado de Castelo Branco tem características que o tornam único e distinto entre os bordados portugueses, os motivos têm uma estética que corresponde a uma gramática visual própria. A intensidade das cores e a luz é conferida pelos fios de seda, bordados sobre a base de linho artesanal cru. Os motivos tem uma simbologia própria que o observador é convidado a descobrir: a árvore da vida, os pássaros, os cravos, as rosas, os lírios, as romãs ou os corações, todos com um perfil claramente exótico. As colchas de Castelo Branco são peças únicas que valem por si, pela originalidade da sua expressão artística.
sábado, 1 de janeiro de 2022
Peça do mês - Janeiro
O Bebé
Escultura
em mármore esculpido189725
cmCP
– MAInv.
Nº 84.735
Teixeira Lopes
A peça divulgada neste mês de janeiro é uma escultura em mármore branco, intitulada O Bebé, da autoria de António Teixeira Lopes (1866-1942). Trata-se de um busto esculpido, no qual se apresenta um bebé com uma gorjeira folheada e uma chemise com volume nas mangas e rufos nos punhos. Considera-se a possibilidade do busto ser do infante D. Luís Filipe (1887-1908), e uma encomenda da rainha-avó, D. Maria Pia (1847-1911). Apesar de não haver certezas na identificação iconográfica, há notáveis semelhanças com uma fotografia, amplamente divulgada, do príncipe ao colo da sua avó. Obra semelhante existe na Casa-Museu Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia, em barro cozido, intitulada Um Busto de Menino.
O escultor António Teixeira Lopes, nasceu em Vila Nova de Gaia, a 24 de outubro de 1866, filho do também escultor José Joaquim Teixeira Lopes e de Raquel Pereira de Meireles. Inicia a aprendizagem de escultura na oficina do seu pai, em 1881 e no ano seguinte ingressou na Academia Portuense de Belas-Artes, onde foi aluno de Soares dos Reis e Marques de Oliveira. No ano de 1885 (quando frequentava o terceiro ano do curso) muda-se para Paris para completar os seus estudos, é aluno na École des Beaux-Arts, onde teve como orientadores Gauthier e Berthet, obtendo vários prémios. Nos anos seguintes continuou a apresentar trabalhos em exposições (em Portugal e França). No ano de 1895, com projeto do seu irmão, o arquiteto José Teixeira Lopes construiu o seu atelier na Rua do Marquês de Sá da Bandeira, em Vila Nova de Gaia, onde hoje se situa a Casa-Museu Teixeira Lopes e onde se preserva uma parte significativa da sua obra.
Em 1900 participou na Exposição Universal de Paris, tendo obtido um Grand Prix e a condecoração de Cavaleiro da Legião de Honra. Esse sucesso consolidou a sua posição e, em 1901, assumiu o lugar de professor de escultura da Academia Portuense de Belas-Artes, que manteve até 1936 (ano da sua jubilação). Teixeira Lopes é autor de um conjunto importante de esculturas que se encontram em Portugal e no Brasil, das quais se destacam as portas de bronze da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. Ao longo da sua carreira artística recebe vários prémios e condecorações. Vem a falecer com 75 anos de idade, em São Mamede de Ribatua (Alijó).
A obra de arte apresentada foi adquirida, por José Relvas (1858-1929), na 7ª Exposição do Grémio Artístico de Lisboa, no dia 15 de maio de 1897, por 200 mil reis.