quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Exposição de Desenhos (a) Riscar o Património De 28 de janeiro a 20 de Fevereiro

 











             
























No próximo dia 28 de Janeiro de 2023, junte-se a nós para celebrar o desenho na Casa dos Patudos, em Alpiarça.

14h00 – Encontro de Urban Sketchers para desenhar a Sala Império, com a sua impar coleção de Leques
17h00 – Inauguração da Exposição comemorativa da nona edição do programa (a)riscar o património
INSCRIÇÃO:
https://forms.gle/V3Q3upWzkGzJKch86
ENTIDADES:
Direcção Geral do Património Cultural
Municipio de Alpiarça
Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça
Urban Sketchers Portugal
Urban Sketchers Ribatejo
Mais informação aqui:
http://ariscaropatrimonio.dgpc.pt/
Local do Encontro:
Rua José Relvas
2090-102 Alpiarça
Mapa: https://goo.gl/maps/7yyd1zXpsV9KhY4i8
PROGRAMA DETALHADO
14h00 – Chegada à Casa dos Patudos
14h15 – Visita e Desenho da Sala Império: a música oculta nos Leques
16h45 – Partilha de Desenhos
17h00 – Inauguração da Exposição comemorativa da nona edição do programa (a)riscar o património, promovida pela Direcção Geral do Património Cultural, à qual se associam os Urban Sketchers Portugal e todos os seus grupos regionais.
19 encontros, 19 locais diferentes, um tema, um dia.
Este encontro vem no seguimento daquele realizado no passado dia 24 de Setembro de 2022, denominado “ A casa-museu”.
Para saber mais sobre as Jornadas Europeias do Património:
http://ariscaropatrimonio.dgpc.pt/19-encontros-19-locais.../
Para saber mais sobre os leques:
https://run.unl.pt/handle/10362/24943


terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Peça do mês - janeiro

 


São Sebastião
Madeira Policromada e Dourada
José Almeida
Século XVIII (ca. 1740-1750)
122,3 cm
Inv. Nº 84.66

CP – MA

Em janeiro apresentamos como peça do mês uma escultura de São Sebastião, no dia 20 deste mês,

celebra-se o dia do seu do martírio. Nasceu em Narbona, sul de França, em meados do século III da Era Cristã. Enveredou por uma carreira militar, de forma a defender os cristãos que sofriam

uma terrível perseguição. Segundo a tradição católica, o mártir São Sebastião foi um soldado romano, mandado executar pelo Imperador Romano Diocleciano, após o seu martírio começou a ser venerado como santo. O culto de S. Sebastião nasceu no século IV e atingiu o seu auge na Baixa Idade Média.

Era um dos temas preferidos dos pintores do Renascimento, o martírio de São Sebastião, foi retratado por vários artistas, entre eles, Bernini, Perugino, Mantegna e Botticelli. Em geral, o corpo é mostrado atravessado por flechas.

Na obra de arte da Casa dos Patudos, o mártir surge amarrado a um tronco que se ergue sobre um montículo rochoso, por sua vez assente numa base marmoreada. Esta oferece de suporte, a figura que se encontra presa por cordas a um tronco. O ramo esquerdo é representado um pouco alteado, proporcionando o esteio para um braço. Por sua vez, o galho truncado do lado direito serve de apoio para o cotovelo de outro braço, o qual cai na direção do solo.

Sobre a nudez natural do corpo, amplificada pela textura uniforme da árvore, destaca-se na diagonal um pano da pureza. A estrutura anatómica foi perfurada por seis grossas setas, dispostas em sítios bem escolhidos, como se proporcionassem uma escada que sobre até ao céu. No seu rosto, o mártir não deixa transparecer qualquer indício de sofrimento ou desconforto, mesmo que as flechas tenham abrido orifícios onde o sangue jorra. Assim, a figura parece contemplar o infinito.

Junto à base do tronco estão alguns elementos que simbolizam a sua condição como oficial da Guarda Pretoriana, tais como a couraça metálica, o elmo emplumado, a clâmide e o manto.

O conjunto é complementado por um anjo, preso à extremidade superior do tronco por dois espigões metálicos, que voa a partir do céu na direção de São Sebastião. O anjo teria na mão direita provavelmente uma coroa de louros, simbolizando o triunfo do mártir sobre a morte. Trata-se de uma adaptação do motivo utilizado por Giovanni Antonio Bazzi, em 1525, na bandeira de Compagnia di San Sebastiano, de Camollia.

Os motivos decorativos e a paleta cromática, caraterísticos do gosto dos meados do século XVIII, demostram os efeitos dramáticos do Barroco.

Foram, também, utilizadas técnicas como a aventurina (introdução de limalhas de cobre nas tintas, destinadas a enriquecer o revestimento da base) e a aplicação de pigmentos a que se adicionou grafite moída, de modo a conferir um brilho metálico ao capacete.

O autor da obra, José de Almeida (ca. 1700 – 1769), foi bolseiro da Academia Portuguesa em Roma, de 1718 a 1728. Foi aluno de mestres como Carlo Monaldi. Especializou-se na escultura pétrea, mas quando regressa a Portugal enveredou pela escultura em madeira.

A escultura foi adquirida por José Relvas, em finais do século XIX, no comércio de antiguidades de Lisboa.