quinta-feira, 8 de março de 2012

Conferência «A pintura de Silva Porto na Casa dos Patudos»


No passado dia 5 de Marco, assinalando o 154º aniversário do nascimento José Relvas, realizou-se mais uma conferência subordinado ao tema: Uma peça da coleção comentada porNeste dia tão importante para a história da Casa dos Patudos analisou-se a pintura de Silva Porto.
A conferência foi dinamizada pela Dra. Maria Emília Vaz Pacheco, Mestre/Doutoranda em História de Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e docente do Ensino Superior.
O Conservador da Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça, fez uma breve alocução, homenageando José Relvas. Na sua intervenção destacou a importância de José Relvas para a compreensão do republicanismo em Portugal, mas também importantes aspetos da sua vida nas várias facetas em que se destacou.
De seguida, a Dra. Maria Emília Vaz Pacheco apresentou vários elementos da coleção de Silva Porto existente na Casa dos Patudos, composta por três dezenas de obras que assumem a expressão do naturalismo no Portugal do século XIX.
Na apresentação, a palestrante começou por destacar alguns aspetos da biografia do pintor António Carvalho da Silva (Silva Porto) e contextualizar os acontecimentos históricos que ocorreram durante a sua vida e que influenciaram a sua produção artística.
Destacou o facto do artista, depois de ter terminado o curso de Pintura, rumar a Paris como bolseiro do Estado e o facto de ter sido admitido na École de Beaux – Arts, de ter estudado com Cabanel e Yvon, ter frequentado os cursos de Beauverie e Groseilliez e ter convivido com Daubigny. Salientou ainda que figurou no Salon de Paris, em 1876 e 1878. De grande importância, para a sua vida como artista, foi ter retornado a Portugal, em 1879 e ter sido nomeado académico de mérito da Academia Portuense de Belas Artes e, alguns meses depois, ter sido convidado pela Academia Real de Belas Artes de Lisboa para suceder a Tomás da Anunciação na cadeira de Paisagem.
As influências, ao longo da sua da vida, fizeram com que na pintura de Silva Porto o homem se cruzasse em plena harmonia com a natureza, é uma analogia vincada pelo sentimentalismo e pela exatidão à realidade do campo.
O serão terminou com uma visita comentada às obras do artista presentes na coleção da Casa dos Patudos.

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